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O que o mindfulness trouxe para a minha vida? E para a de muitos CEOs também...

Podemos melhorar nossa vida, mesmo que vivamos em um mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) e os obstáculos sejam enormes. Não há mais certeza, segurança, estabilidade. Ao contrário, o mundo parece mesmo muito incerto e ameaçador. E por isso mesmo acredito que a mudança depende de como nós agimos e reagimos aos desafios que surgem em nossa vida. Não podemos esperar a vida perfeita, mas podemos sim ser felizes mesmo no caos.

A psicologia positiva foi criada (ou assumida!!!) em 1990 por Martin Seligman na University of Pennsylvania quando ele desafiou e questionou a psicologia tradicional e começou a investigar protocolos de saúde e construtos de felicidade ao invés de mapear e estudar somente as doenças. Com isso, ganharam força todos os estudos que tentavam entender nosso bem-estar e felicidade e como aprimorar nossas forças de caráter. Assim surgiram pesquisas sobre otimismo, positividade, gratidão, inteligência emocional, meditação entre outros. E o melhor, tudo isso começou a ser testado e comprovado pela ciência: a prática da meditação, pode sim melhorar nossa vida, reduzir nossa ansiedade e stress, aumentar e melhorar nossa qualidade de vida, além de benefícios como criatividade, resiliência, produtividade.


Um estudo muito interessante é do monge Matthieu Ricard, que foi considerado o homem mais feliz do mundo. O que os cientistas e pesquisadores comprovaram é que a meditação havia mudado partes do seu cérebro, tornando-o muito mais satisfeito, menos apegado à emoções tóxicas, com mais clareza, altruísmo, resiliência, maior neurplasticidade cerebral, entre vários benefícios que percebeu em sua vida. E ele enfatiza que tudo veio simplesmente por prática e que não há mistérios. Todos podem alcançar. Mas será mesmo?


Você deve estar pensando, ele é um monge, muito distante da minha realidade. Será que a meditação e o mindfulness são mesmo práticas para todos? Sim, definitivamente sim! Outro case interessante que é do engenheiro bem-sucedido do Google, Chade Meng-Tan, que foi um dos pioneiros do desenvolvimento da busca mobile e que se tornou criador do programa de mindfulness e inteligência emocional do Google, chamado Search Inside Yourself. Mas por que um engenheiro de computação começou a praticar mindfulness e criou um programa de mindfulness para o mundo corporativo?


Chade Meng-Tan afirma que a felicidade gera o sucesso e não o contrário. Ele viu estudos que comprovam que a meditação estimula a ínsula, região cerebral ligada à autoconfiança, e ativa o córtex pré-frontal, responsável pela tomada de decisões. Além de aumentar nossa inteligência emocional, regulando também a amígdala cerebral, que atua em nossa raiva e reatividade. Assim, começou a meditar, perceber resultados em sua vida e foi ampliando dentro do Google até criarem a start-up Search Inside Yourself, conquistando até líderes pragmáticos que não imaginavam a meditação em suas vidas, mas que perceberam que o estado de atenção plena das práticas de mindfulness melhoram sua produtividade e seus resultados financeiros.


Quando fiz as aulas do Search Inside Yourself confirmei: diversos Heads e CEOs buscando um novo estado de atenção plena e consciente, mesmo que sem entender como isso seria na prática. Mas se já foi testado e comprovado por tantos líderes, principalmente nos EUA, por que não tentar?


Se mesmo assim achar algo distante da sua vida, te garanto, o mindfulness pode sim melhorar nossas vidas. Sou praticante da meditação há 12 anos e comecei por uma busca pessoal. Acredito que estou aqui para melhorar a mim e o mundo e foi pelo caminho do autoconhecimento que comecei a meditar. Sou formada em administração pela FGV-EAESP e trabalhava com marketing, lidando sempre com stress e ansiedade que podemos ter se não olharmos para nós mesmos. Tinha um ideal de trabalhar por um mundo melhor e comecei pelo meu mundo. Comecei a praticar e a perceber que todos podemos meditar. Não adianta somente ler e estudar o assunto. A grande mudança vem de práticas com permanência. Não há grandes técnicas, o mindfulness é simples, inato, é se tornar consciente e atento. Mas precisa ser feito com dedicação e permanência. Hoje me sinto mais tranquila, segura, confiante, otimista, resiliente. E sei o quanto meditar ajuda no meu dia a dia. Não tenho mais desafios? Não, tenho muitos, mas os aceito muito melhor do que antes.


Me tornei instrutora de meditação por isso. Por saber, que sim, podemos melhorar nossas vidas, nosso entorno, nosso trabalho, mas depende de nós, de esforço e dedicação.


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