Os pesquisadores do Google, no projeto Aristóteles – devido a frase do filósofo “o todo é maior do que a soma de suas partes”, concluíram que para montarmos um time produtivo é mais importante como as pessoas trabalham em conjunto do que suas habilidades individuais. E que o principal fator para equipes produtivas é a segurança psicológica.
A segurança psicológica é quando o time se sente seguro em se expressar, compartilhar, correr riscos, sem o medo de ser julgado, punido ou constrangido. Amy Edmondson, professora de Harvard especialista no assunto, cita exemplos das consequências desastrosas de times que não sentem a segurança psicológica e que por isso, se mantém em silêncio, mesmo estando certos. É o caso de uma enfermeira que teve a percepção de que a dosagem do medicamento do paciente estava alta. Porém, ela estava de plantão e teria que ligar para o médico. Ela lembrou de outros momentos em que ligou para tirar dúvidas e ele reagiu de forma reativa e a criticou e julgou. Então, ela não ligou mesmo estando certa. Outro caso é de um co-piloto que percebe que o piloto está errado, mas também não se sente à vontade para falar. Imaginem as consequências dessas duas situações de silêncio por medo?
Mas por que, às vezes, nós como líderes não conseguimos enxergar que nossa equipe não se sente segura para se expressar? Por que é tão difícil assumirmos nossas vulnerabilidades quando estamos na liderança e muitas vezes preferimos fechar os olhos para os sentimentos de nossa equipe?