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Foto do escritorRenata Rivetti

Afinal, o que é felicidade corporativa e por que é tão essencial que entendamos isso?


Com a pandemia, o RH aumentou sua preocupação e foco nos colaboradores e esse tema se expandiu para toda a liderança. Em 2020, muito se falou sobre programas de bem-estar, mental health, employee experience, felicidade… afinal, é tudo a mesma coisa? O que é felicidade no trabalho?


Segundo Madalena Carey, fundadora do nosso parceiro Happiness Business School, felicidade no trabalho é como as pessoas se sentem. É sairmos da cultura do dar para fazer os colaboradores sentirem e deixá-los serem quem são. Se pensarmos na adaptação hedônica, claramente, não adianta acharmos que faremos os colaboradores felizes somente com o aumento de seus salários, bônus, benefícios. Afinal, quando eles conquistarem isso, com certeza, continuarão na busca incessante do mito da felicidade de que só somos felizes quando obtemos algo.


Então, qual nosso papel como líder ou como RH na felicidade do time? Temos que trabalhar em programas de bem-estar e mental health, temos também que olhar o employee experience através da equação de Jacob Morgan: cultura, tecnologia e espaços físicos. Porém, quando falamos de felicidade vamos um pouco além. Não adianta um programa de mindfulness se a pessoa não sente que faz sentido para ela. Não adianta a jornada do colaborador perfeita se a pessoa não se sente pertencendo ou reconhecida. Ou seja, felicidade vem de como nos sentimos e não do que recebemos. Segundo a consultoria Robert Half, com mais de 23k pessoas por todo mundo, felicidade está ligada à sentimento de empoderamento, valorização, trabalho interessante e significativo, senso de igualdade e relações de trabalho positiva.


Um exemplo simples: não adianta um onboarding com um bom computador, brindes e kit da empresa se ninguém recebe essa pessoa como um mentor para inclui-la na cultura da empresa. Mais do que receber um kit com máscara com logo da empresa e álcool gel, a pessoa precisa e quer se sentir acolhida e pertencendo.


Amy Wrzesniewski, professora de Yale, realizou uma pesquisa com faxineiros do hospital da universidade, e o que perceberam é que havia dois grupos de faxineiros. Enquanto um grupo enxergava o seu trabalho como seu job description, o outro tinha um propósito que ia além do que limpar o ambiente. Esse grupo notava quais pacientes não haviam recebido visitas, quais estavam tristes, e com isso, eles passavam nesse quarto para fazer a limpeza mais de uma vez por dia. Ou seja, esse grupo de faxineiros via o trabalho como missão e não somente um emprego, e eles sentiam que ajudavam pacientes a se curarem. Isso não estava no job description deles, mas eles realizavam e se sentiam felizes. E claro, eram mais produtivos e engajados.


Na Reconnect sabemos que não dá para falar de felicidade e fazer as mudanças de um dia para o outro. Precisamos ensinar, educar pessoas, principalmente a liderança. Felicidade = Sucesso. Mudar o mindset das pessoas, quebrar mitos e crenças que carregamos. É um processo que precisa de esforço e dedicação. Nós acreditamos que é possível. E sempre sugerimos às empresas começarem com o primeiro passo: uma palestra sobre felicidade, workshops de liderança positiva, segurança psicológica, a importância do papel do líder e do RH, enfim, há diversas formas. E já há muitas empresas começando esse movimento, que felizmente parece ser sem volta.


Há alguns anos falar de felicidade nas empresas parecia sonho impossível. Hoje parece muito real e viável. Você vai embarcar nessa jornada ou continuar atuando da mesma forma que sempre atuou, focando em números e planilhas e não em pessoas?

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